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Dobra cutânea da coxa não da para pinçar, e agora?

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Você está com dificuldade em realizar a medida de uma dobra cutânea em um indivíduo obeso? O que fazer nessa situação?

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É comum que alguns personais trainers ou avaliadores tenham dificuldade em obter a medida da espessura de alguma dobra cutânea em indivíduos obesos, particularmente mulheres. Algumas mulheres apresentam por exemplo no seguimento coxa uma gordura mais densa, com isso é muito difícil realizar o pinçamento e medida da espessura da dobra cutânea por exemplo da coxa média. Diante dessa situação, a atitude que o personal trainer ou avaliador deverá ter é abortar a medida dessa dobra cutânea. Pois caso o personal trainer ou avaliador insista em utilizar o valor dessa dobra cutânea, o mesmo potencialmente estará incorrendo em erro, pois não está conseguindo efetivamente formar a dobra e obter uma medida confiável da mesma. Caso o avaliador insista, ao incluir o valor dessa dobra cutânea na equação para predizer o percentual de gordura o mesmo (personal trainer ou avaliador) estará obtendo um valor equivocado da composição corporal do seu cliente.  Diante do apresentado, selecionar uma equação preditiva que não necessite da utilização da dobra cutânea que o mesmo está tendo dificuldade para mensurar.

Links relacionados ao seu guia de estudo sobre o tema:

Por que é importante que o personal trainer realize a mensuração da espessura da dobra cutânea?

A composição corporal é definida como a proporção relativa de gordura e de tecido isento de gordura. A estimação do percentual de gordura através da medida da espessura das dobras cutâneas pode ser bastante seguro. Todavia, é necessário que o personal trainer ou avaliador esteja devidamente treinado nos processos de, identificação, demarcação e pinçamento dos pontos anatômicos e também no manuseio do aparelho adipômetro (aparelho utilizado para medir a espessura das dobras cutâneas). Por fim, para obter um valor confiável do percentual de gordura do seu cliente é necessário que o personal trainer faça a escolha correta da equação para estimar essa variável (percentual de gordura).

Todavia, é preciso deixar claro que os valores de percentual de gordura obtidos via medida da espessura de dobras cutâneas, constituiu uma estimativa ou uma previsão do percentual de gordura, com isso não sendo uma mensuração absoluta. Portanto, essa estimativa baseia-se no princípio da quantidade de gordura subcutânea é proporcional a quantidade total de gordura corporal e como encontra-se o estado morfológico ou a composição corporal do cliente.

A avaliação da composição corporal é necessário por números motivos. A literatura apresenta que existe uma forte correlação entre a obesidade e um maior risco de doenças crônicas como: doenças coronariana, diabetes, hipertensão, certos canceres e hiperlepidemia. Além do personal trainer conseguir identificar através da mensuração das dobras cutâneas e posteriormente a caraterística da composição corporal, e se o mesmo apresenta algum risco de desenvolver as doenças descritas acima, a avaliação da composição corporal é de suma importância para identificar se as sessões de treinamento estão indo ao encontro dos objetivos traçados. Ou seja, através dessas avaliações o personal trainer conseguirá visualizar quantitativamente se a dose de carga de esforço das sessões de treinamento estão produzindo o efeito desejado em seu cliente. Dessa forma, conseguirá manipular de forma mais precisa as variáveis do treinamento buscando atingir os objetivos traçados.

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Quais os cuidados metodológicos que o personal trainer deverá ter ao realizar a tomada da medida da espessura da dobra cutânea?

Para que o personal trainer obtenha um valor confiável do percentual de gordura, percentual da massa livre de gordura e consequentemente a caraterística morfológica ou da composição corporal do seu cliente, o mesmo (personal trainer) necessitará tomar alguns cuidados e seguir invariavelmente os protocolos para a tomada da espessura da dobra cutânea. Portanto, caso esses procedimentos metodológicos sejam seguidores a risca, as medidas obtidos potencialmente serão mais seguras e consequentemente poderá obter-se valores mais confiáveis nas avaliações.

A seguir, será listada os procedimento metodológicos que o personal traienr ou avaliador deverá seguir:

– Primeiramente o personal trainer ou avaliador deverá demarcar o pontos anatômicos exato aonde deseja forma a dobra cutânea. Ou seja, é necessário que o personal trainer ou avaliador realize uma demarção com um x, exatamente no sentido em que irá medir a espessura da dobra cutânea. Com isso, no momento em que ele (personal trainer ou avaliador) for realizar o pinçamento da dobra cutânea já haverá uma referência da demarcação, o que ajudará o mesmo na tomada da espessura.

– O segundo ponto a destacar é o manuseio do aparelho adipômetro: o personal trainer ou avaliador deverá manusear o adipômetro da seguinte forma: a mão direita deverá manejar o aparelho, sendo que o polegar deverá sustentar o peso do adipômetro. Por fim, os dedos anular e mínimo deverão ser posicionados em forma de pinça. Por sua vez, os dedos indicador e médio ficarão liberados para movimentar o cabo da haste móvel do adipômetro, para proporcionar o controle da abertura do mesmo (adipômetro).

– Na sequência, o personal trainer ou avaliador deverá realizar o pinçamento da dobra cutânea com os dedos indicador e polegar da mão esquerda, lembrando que o adipômetro deverá estar sendo seguro pela mão direita. É importante que a abertura produzida entre estes dedos para pinçar a dobra cutânea seja correspondente ao tamanho da dobra que será formada. Para que o adipômetro seja posicionado exatamente no ponto correto demarcado, o procedimento de pinçamento (descrito acima) deverá ser realizado um centímetro acima do ponto da demarcação. Por fim, o procedimento realizado pelos dedos indicador e polegar da mão esquerda deverão tentar destacar o máximo a dobra, ou seja, puxar a dobra firmemente para fora do eixo corporal, para com isso, facilitar o posicionamento das mandíbulas do adipômetro.

– Com a dobra cutânea destacada do eixo corporal pela mão esquerda (dedo indicador e polegar) o personal trainer deverá posicionar as mandíbulas do adipômetro exatamente sobre os pontos demarcados.  Durante a realização da medida da espessura das dobra cutânea somente o dedo polegar, anular e mínimo deverão ficar segurando o adipômetro, buscando posicioná-lo de forma adequada para a medida. Em seguida, os demais dedos necessitarão ser soltos para que a haste móvel seja liberada e tracionada a pressionar a haste fixa, assim gerando, uma força de pressão sobre a dobra cutânea a ser mensurada.  O tempo de permanência das mandíbulas do adipômetro sobre a dobra cutânea deverá ser entre dois a quatro segundos. Ou seja, dentro desse intervalo de tempo o personal trainer ou avaliador deverá realizar a leitura do relógio do adipômetro, para efetuar a medida da espessura da dobra cutânea.

– Um último ponto a salientar é que o personal trainer ou avaliador deverá manter a mão esquerda pinçando a dobra durante todo o procedimento de posicionamento e leitura do valor gerado pelo adipômetro, para garantir que que a dobra cutânea formada não seja desfeita. Diante disso, após a leitura o adipômetro deverá ser retirado e somente após esses procedimentos os dedos indicador e polegar da mão esquerda deverão ser soltos.

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Entretanto, é comum em indivíduos obesos que o personal trainer ou avaliador não consiga efetivamente formar a dobra cutânea durante a avaliação da composição corporal, e ai o que fazer?

Um seguidor enviou uma mensagem para o Treino em Foco aonde ele expressou que está com dificuldade em obter a medida da espessura da dobra cutânea da coxa média, principalmente em mulheres que apresentam um certo grau de obesidade.

Essa ocorrência em indivíduos que apresentam um certo grua de obesidade é extremamente comum. Ou seja, algumas mulheres apresentam um tipo de gordura que é muito densa, particularmente em membros inferiores. Dessa forma, em virtude desse alto grau de densidade essa gordura torna-se difícil de ser destacada ou pinçada e consequentemente medida.

Qual a sugestão que o Treino em foco traz caso você seja um personal trainer ou avaliador e não esteja conseguindo medir uma determinada dobra cutânea em virtude dessa situação apresentada acima?

O professor João Moura e o Treino em Foco entendem que se você está tendo essa dificuldade apresentada acima é interessante que a tomada da medida da espessura dessa dobra cutânea seja abortada. Pois como descrito acima, não está se formando efetivamente a dobra cutânea, com isso o ponto exato dessa dobra está sendo subestimado. Diante disso, o valor da medida obtido com o adipômetro potencialmente estará sendo subjugado. Dessa forma, o personal trainer ou avaliador estará cometendo um equívoco de medida.

Entretanto, caso o personal trainer insista em utilizar a medida da espessura dessa dobra cutânea, e inclui-la na equação que escolheu para estimar a característica da composição corporal do seu indivíduo, o mesmo potencialmente obterá um valor do percentual de gordura e percentual de massa livre de gordura de forma equivocada.

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Mas a equação preditiva que eu estou utilizando para predizer o percentual de gordura necessita da medida da espessura da dobra cutânea da coxa média?

Diante dessa situação o personal trainer ou avaliador deverá buscar na literatura científica uma outro equação preditiva que não necessite da medida da dobra cutânea da coxa média, ou de qualquer outra dobra cutânea que o mesmo não está conseguindo obter a medida. Pois o personal trainer ou avaliador não poderá incluir uma medida de dobra cutânea errada somente para manter a utilização de uma equação preditiva.

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Seguidores, não percam a vídeo aula e hoje e analisem a orientações do professor João Moura sobre a medida de dobra cutânea.

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