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Ativação muscular no Stiff e Flexão nórdica – Qual a diferença?

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Ativação muscular pode ser uma ferramenta importante para conseguir identificar qual a diferença entre os exercícios, e auxiliar na seleção de qual o mais adequado para o cliente.

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Existe diferença na ativação muscular entre stiff e flexão nórdica?

Entre os exercícios executados para os isquiotibiais, o stiff e flexão nórdica estão entre as variações mais prescritas. Um ponto em comum entre os dois exercícios, é que tem uma grande demanda na fase excêntrica do movimento. Ou seja, ao longo da fase excêntrica ocorre aumento no braço de momento, o que leva a um torque resistivo e muscular maior. Portanto, se pode entender que ao longo desta fase a exigência muscular para ambos vai aumentando. Ao contrário ao longo da fase concêntrica o braço de momento vai reduzindo, o que leva a uma redução do torque resistivo e muscular. Assim, a carga de esforço vai aliviando.

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Pois bem, citar essa característica aqui no início do texto é importante. Pois no estudo (Hegyi et al., 2017) que foi analisado no vídeo a ativação muscular do bíceps femoral cabeça longa e semitendinoso em ambos exercícios foi somente registrada durante a fase excêntrica. Para isso, foi utilizada a eletromiografia de alta densidade, que consegue avaliar o músculo ao longo de todo o seu comprimento.

Ativação_muscular_stiff_flexão_nórdica_eletromiografia

Assim, foi observado que durante a exceção da flexão nórdica, a ativação muscular dentro do semitendinoso foi maior na região medial (80.48 %CIVM). Já a ativação muscular do bíceps femoral cabeça longa foi maior na região distal (72.08%) e menor na região proximal (57,74%).

Ativação_muscular_stiff_flexão_nórdica_eletromiografia

Por sua vez, durante o Stiff, a ativação muscular do semitendinoso foi maior na região medial (40,70%). Já para o bíceps femoral cabeça longa a região proximal mostrou a menor nível de ativação muscular (32,23%) e diferença entre região medial e distal foi trivial.

Ainda, analisando em relação a ativação geral, o semitendinoso apresentou ativação maior do que o bíceps femoral em FN (72,31% vs 63,97%) mas no S, a diferença foi negligenciável, ou seja não foi estatisticamente significativa (37,46 no semitendinoso vs 36,07% no bíceps femoral).

Ativação_muscular_stiff_flexão_nórdica_eletromiografia

Qual a aplicação prática desta análise de ativação muscular?

Como uma primeira aplicação, parece não ocorrer uma ativação muscular seletiva ao realizar a flexão nórdica (dominante no joelho) e Stiff (dominante no quadril) para bíceps femoral cabeça longa e semitendinoso. Portanto, realizar o exercício de Stiff, onde o movimento se inicia pelo quadril, parece não produzir maior ativação muscular da região proximal do semitendinoso e bíceps femoral cabeça longa.

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Também, realizar exercícios que tenham movimento dominante no joelho com o objetivo de trabalhar mais intenso a região distal (próximo a articulação do joelho) também parece não produzir maior ativação muscular na região distal do semitendinoso e bíceps femoral cabeça longa.

Analisem a vídeo aula!!!

 

 

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