Análise de Exercício

Elevação Frontal – Como acionar mais o Deltoide ou o Bíceps?

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Elevação Frontal, tem como principal objetivo treinar deltoide anterior

De forma clássica, o exercício de elevação frontal é realizado com a palma da mão para baixo, ou seja com a articulação glenoumeral (ombro) em rotação interna. No entanto, também é muito recorrente observar a execução com a palma da mão para cima, isto é com uma rotação externa do úmero.

Treino_em_foco_elevação_frontal_posição_da_mão_eletromiografia

Existe alteração na ativação muscular ao realizar a elevação frontal com a palma da mão para cima ou para baixo?

Em um primeiro momento o que deverá ficar claro é que não se deve utilizar como critério a palma da mão estar para cima ou para baixo. Na verdade o que faz com que ocorra essa alteração no posicionamento do seguimento mão, é a rotação realizada no úmero, ou seja na articulação glenoumeral.

Do ponto de vista da eletromiografia, ao realizar a elevação frontal com o ombro em rotação externa (palma da mão para cima) ocorre maior ativação do bíceps braquial, que também tem participação para flexionar o ombro em sinergismo com o deltoide anterior. Este comportamento parece ocorrer em virtude que ao realizar esta posição ocorre um melhor alinhamento vetorial das fibras do bíceps braquial para auxiliar no movimento de flexão do ombro, além de também atuar como coptador da articulação glenoumeral.

Treino_em_foco_elevação_frontal_posição_da_mão_eletromiografia

Por outro lado ao realizar com rotação interna, ou seja com a palma da mão para baixo, ocorre uma menor atividade eletromiográfica do bíceps braquial. Ou seja, apesar de se realizar também uma flexão do ombro, nesta posição o bíceps tem menor capacidade para participar deste movimento e atua principalmente para estabilizar a cabeça do úmero da cavidade glenoide, portanto, com uma ação de coaptação.

Treino_em_foco_elevação_frontal_posição_da_mão_eletromiografia

Então como prescrever a elevação frontal?

Portanto, caso o objetivo seja proporcionar uma menor ação do bíceps braquial durante a execução, orientar a realização com o ombro em rotação interna (palma da mão para baixo) parece ser a forma mais interessante.

Por outro lado, caso o objetivo seja proporcionar um maior envolvimento do bíceps braquial, por algum motivo específico executar com rotação externa (palma da mão para cima) parece ser uma estratégia interessante. No entanto, ao utilizar essa estratégia o personal trainer tem que ter em mente que se posteriormente seja realizado exercícios específicos para bíceps braquial, possivelmente se encontrará com uma maior fadiga acumulada, o que poderá reduzir o desempenho de treino para s flexores do cotovelo. Obviamente, uma manipulação aguda nas variáveis de treino pode ser importante.

 

 

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