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Eletromiografia

Crucifixo no Crossover – Posição do corpo altera ativação muscular ?

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Ficar próximo ou afastado do aparelho muda a exigência muscular no início e final da fase concêntrica e excêntrica.

Uma das variações que se realiza nas sessões de treino para peitoral maior é o crucifixo no aparelho de crossover. Assim, para realizar essa variação do crossover posiciona-se a polia aproximadamente na altura da articulação glenoumeral ou ombro do executante. Diante disso, se realiza o movimento de adução transversal do ombro na fase concêntrica e abdução transversal desta mesma articulação na fase excêntrica.

Entretanto, nesta variação também é possível observar diferentes posicionamentos do corpo em relação ao aparelho. Ou seja, alguns profissionais prescrevem solicitando para que o cliente permaneça bem abaixo do crossover e outros um pouco ou bem a frente em relação ao aparelho.

Mas, alterar o posicionamento do corpo em relação ao aparelho modifica a atividade muscular no crucifixo no crossover?

Sim, a alteração da posição do corpo irá modificar a tensão gerada sobre o músculo nas fases do exercício. Assim, para tentar ilustrar esse cenário, foi realizado um experimento onde o modelo manteve uma contração isométrica hora com o ombro abduzido a 90°, hora com adução, alternando entre início e final da fase concêntrica e excêntrica, com alterações da posição do corpo.

Abdução glenoumeral: nesta posição que pode ser entendida como início ou final da fase concêntrica e excêntrica, respectivamente, quando o modelo estava totalmente embaixo do aparelho (próximo) a atividade eletromiográfica do peitoral, deltoide foi mínima. Isto ocorre pois nesta posição não se produz braço de momento da alavanca e consequentemente torque resistivo.

Por sua vez, quando projetou todo o corpo a frente, mantendo a mesma posição glenoumeral, já ocorreu um aumento na atividade eletromiográfica do peitoral e deltoide, em virtude de uma aumento do braço de alavanca e torque resistivo. Ainda, quando se projetou mais a frente ainda, a atividade eletromiográfica teve um aumento ainda maior, em virtude da elevação do tamanho do braço de momento da alavanca e torque resistivo.

Adução transversal glenoumeral: por sua vez, ao realizar a adução transversal total do ombro, e assim tocar as mãos, o que caracteriza-se como o final ou início da fase concêntrica e excêntrica, respectivamente, mesmo estando bem embaixo do crossover ocorreu um aumento na atividade eletromiográfica. Ou seja, maior atividade em relação a mesma posição com o ombro abduzido.

Entretanto, quando modelo foi a frente em relação ao crossover a atividade eletromiográfica do peitoral, deltoide anterior, bíceps braquial foi tendo uma redução, quando comparado a posição bem embaixo e, também a mesma posição mas com o ombro abduzido. Este comportamento ocorreu em virtude de uma redução do braço de alavanca e consequentemente torque resistivo ao se distancia do aparelho.

Aplicação Prática

Portanto, se o objetivo nesta variação deste exercício foi proporcionar uma atividade muscular maior no início da fase concêntrica ou final excêntrica, talvez posicionar o cliente mais distante do aparelho seja interessante. Por outro lado, se o objetivo é proporcionar uma atividade maior no final da concêntrica talvez uma estratégia interessante seria posicionar o cliente um pouco mais próximo ao aparelho.

 

PullDown com barra ou corda - Tem diferença na atividade eletromiográfica?
Crossover com a polia alta e baixa - Altera ativação muscular do peitoral?

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