O que é a Contração Isométrica Voluntária Máxima (CIVM)?
A CIVM é utilizada com o intuito de identificar o grau máximo de atividade eletromiográfica de um determinado músculo em uma posição articular específica. Para isso, certas posições corporais são definidas, e a partir destas é solicitado ao executante que realize força máxima.
Como o movimento é bloqueado a contração máxima isométrica é exigida. E, como o esforço é máximo, a atividade eletromiográfica muscular também infere-se como máxima. Desta forma, registra-se a maior atividade muscular por meio do sEMG que, neste caso, é considerado 100%.
Mas para que serve a CIVM?
O principal objetivo é para normalizar o sinal eletromiográfico (sEMG) obtido em um determinado movimento ou exercício. Assim, a normalização do sEMG é realizada quando um sinal captado em um determinado músculo em um exercício em particular (quantificado em microvolts – μv) é relativizado ao sinal máximo encontrado para este mesmo músculo durante a CIVM.
Por exemplo, se um determinado músculo apresentar CIVM de 1.202 μv este passa ser considerado o seu 100% de atividade eletromiográfica. Quando da realização de um determinado exercício este músculo apresente, por exemplo, sEMG médio de 870 μv significa que a ativação foi de 72,4% da capacidade do músculo. Assim, o valor de 72,4% representa a AEM normalizada pela CIVM.
Portanto, é preciso entender que a coleta da CIVM é um processo essencial para que se tenha entendimento de quanto um músculo é exigido para um tarefa, movimento ou exercício.
O que é preciso interpretar nos estudos?
Ao ler estudos que utilizam a eletromiográfica como instrumento, é necessário buscar observar sempre na metodologia como foi realizado a coleta da CIVM. Ou seja, qual a posição articular que foi utilizada. É necessário ter em mente que para um determinado músculo diferentes posições articulares proporcionaram valores de CIVM diferentes. Este comportamento ocorre principalmente em virtude da relação comprimento tensão do músculo, isto diferentes posições colocaram o músculo em comprimentos sarcomiais diferentes, e isso poderá refletir em valores de CIVM diferentes.
Portanto, é muito complicado comparar resultados de estudos que utilizaram diferentes técnicas, ou seja posições corporais para realizar o teste de CIVM.