Desvios Posturais

Assimetria rotatória das escápulas – Como avaliar com biofotogrametria?

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Assimetria rotatória das escápulas pode estar atrelada a um desequilíbrio muscular entre músculos rotadores mediais e laterais da escápula.

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Muitos indivíduos ou a grande maioria apresentam assimetria rotatória das escapulas. Por exemplo imaginemos um indivíduo que apresenta essa alteração postural, aonde a sua escapula esquerda está rodada medialmente, ou seja, internamente. Já sua escapula direita encontra-se rodada externamente, ou seja, lateralmente. Diante disso, o que pode estar levando esse indivíduo a essa assimetria rotatória das escápulas é um desequilíbrio muscular entre os músculos que geram rotação lateral e medial da escapula.

Ou seja, provavelmente a escápula esquerda desse indivíduo do exemplo encontra-se rodada medialmente em virtude de um possível encurtamento e hipertonia dos músculos romboides maior e menor e trapézio medial (rotadores mediais escapulares) principalmente os romboides que também são rotadores mediais da escapula, quando comparado aos músculos que produzem rotação lateral das escápulas (serrátil anterior, trapézio superior e inferior) que provavelmente encontram-se hipotônicos. Já a escápula direita encontra-se em rotação lateral possivelmente em virtude de um encurtamento excessivo ou hipertonia dos músculos que produzem a rotação lateral das escapulas (serrátil anterior, trapézio superior e inferior) quando comparado aos músculos que geram rotação medial das escápulas (romboides maior e menor principalmente e trapézio medial ). Dessa forma, esses desequilíbrios musculares citados podem estar produzindo essa assimetria rotatória das escápulas.

A biofotogrametria é uma excelente estratégia pois permitirá o avaliador ou personal trainer quantificar através de graus e com isso verificar a intensidade e magnitude da assimetria rotatória das escápulas.

No vídeo de hoje apresentaremos para vocês seguidores como identificar e quantificar através da biofotogrametria o desvio postural de assimetria rotatória das escápulas.

Quais os fatores que podem levar ao surgimento do desvio postural de assimetria rotatória das escápulas?

A assimetria rotatória da escapulas pode ser definida como um desacordo no posicionamento das escápulas. Ou seja, nesse desvio postural uma escápula poderá encontra-se rodada medialmente e a escapula contralateral rodada lateralmente.

Por exemplo, imaginemos um indivíduo que apresenta assimetria rotatória das escapulas, aonde a escapula do lado direito esteja rodada medialmente e a escapula esquerda lateralmente.

A escápula direita rodada medialmente (internamente), ou seja, a escapula encontra-se próxima a coluna vertebral, o que pode estar produzindo esse posicionamento escapular é um encurtamento excessivo dos músculos que produzem a rotação medial da escapula. Ou seja, um encurtamento dos músculos principalmente romboides maior e menor e trapézio medial atrelado a uma hipotonia dos músculos rotadores laterais serrátil anterior , trapézio superior e inferior poderão contribuir para a produção dessa rotação medial das escápulas. Já o que pode estar levando a escápula esquerda desse indivíduo a um rotação lateral (externa) pode ser um encurtamento excessivo ou hipertonia dos músculos que quando contraem produzem os movimentos  rotação lateral das escapulas. Ou seja, no hemisfério esquerdo do corpo do indivíduo do nosso exemplo os músculos serrátil anterior, trapézio superior e inferior encontram-se encurtados e hipertônicos e, atrelado isso os músculos que produzem o movimento de  rotação medial das escapulas quando comparado aos  rotadores laterais encontram-se excessivamente alongados e hipotônicos. Diante dessa situação a escápula será deslocada lateralmente, ou seja, externamente.

Esse exemplo apresentado no texto acima pode estar levando o indivíduo a uma assimetria rotatória das escápulas.

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Quais os pontos anatômicos (referências ou processos ósseos) que devem ser identificados e demarcados para avaliação biofotogramétrica da assimetria rotatória das escápulas?

Para realizar a avaliação postural através da biofotogrametria para identificar se o indivíduo apresenta ou não assimetria rotatória das escapulas o avaliador necessitará identificar através da técnica de anatomia palpatória o ponto anatômico (processo ou referencias ósseas) de espinha da escapula. Identificado esse ponto anatômico na sequencia o avaliador deverá também através da anatomia palpatória realizar a palpação sobre a espinha da escapula em direção a coluna vertebral até chegar ao ponto da interseção da espinha com a borda medial da escápula. Identificado esse ponto anatômico (interseção da espinha da escápula com a borda medial da escápula) é aonde o avaliador deverá demarcar com um esfera demarcatória.

Em seguida o avaliador do mesmo lado deverá identificar e demarcar também com uma esfera demarcatória o ponto anatômico de ângulo inferior da escápula. Para identificar a borda inferior da escápula o avaliador deverá através da técnica de anatomia palpatória identificar novamente a borda medial da escápula e através dessa técnica deslocar a mão em direção a parte inferior da escapula. No momento em que o avaliador identificar o ângulo inferior da escápula deverá plotar uma esfera demarcatória exatamente sobre esse pontoa anatômico (ângulo inferior da escapula).

Um ponto importante a salientar que para realizar a analise biofotogramétrica da assimetria rotatória das escápulas o avaliador deverá identificar e demarcar os pontos anatômicos descritos tanto na escápula esquerda como direita.

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Como realizar os registros fotográficos?

Após a identificação e demarcação dos pontos anatômicos descritos acima no texto, o avaliador solicitará que o avaliado posicione-se em um vista posterior. Ou seja, o avaliado deverá posicionar-se de costas para a câmera fotográfica. Por sua vez, a câmera fotográfica deverá estar posicionada exatamente a três metros do avaliado e a uma altura que esteja aproximadamente no centro do corpo do mesmo.

Realizado esse posicionamento o avaliador solicitará ao avaliado que permaneça na postura que lhe seja mais confortável e natural possível. Em seguida o avaliador deverá realizar três registros fotográficos (fotos) na sequência. Esse procedimento metodológico de realizar três fotos na sequência permitirá ao avaliador selecionar a melhor foto, ou seja, a foto aonde as esferas demarcatórias ficaram mais visíveis e aonde ocorreu menor oscilação corporal. Dessa forma, resultados mais confiáveis serão produzidos para verificar se o indivíduo e portador ou não de assimetria rotatória das escápulas.

Como traçar os seguimentos de reta no software para produzir os valores angulares e através deles identificar se o indivíduo é ou não portador de assimetria rotatória das escapulas?

Após realizar os procedimentos metodológicos descritos anteriormente de identificação, demarcação e registros fotográficos (fotos) na sequencia o avaliador deverá carregar as fotos em um software (software que será apresentado em vídeos aulas posteriores) para realizar a análise.

Inicialmente após carregar as fotos no software o avaliador deverá selecionar o registro fotográficos aonde os pontos anatômicos demarcados ficaram mais visíveis e aonde ocorreu a menor oscilação corporal. Realizado esse procedimento, em seguida o avaliador deverá traçar um seguimento de reta vertical que une os pontos anatômicos de interseção da espinha da escapula com borda medial da escápula e ângulo inferior da escápula. Esse seguimento de reta vertical unindo os dois pontos anatômicos demarcados angulara-se com uma linha imaginária vertical perfeita produzia pelos software. Em seguida, um valor angular será formado entre o seguimento de reta vertical produzido entre os pontos anatômicos com o seguimento de reta vertical perfeito produzido pelo software.

Esse valor angular é que deverá ser interpretado pelo avaliador para identificar se o indivíduo apresenta ou não assimetria rotatório das escápulas. Lembrando que o mesmo procedimento descrito acima no texto deverá ser realizados para a escápula contralateral.

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A partir de quais valores angulares pode-se definir que o indivíduo é portador da assimetria rotatória das escápulas?

Imaginemos que um personal trainer esteja realizando avaliação postural de seus clientes através da biofotogrametria para identificar se os mesmos apresentam ou não assimetria rotatória das escápulas. Dessa forma, após o avaliador realizar todos os procedimentos metodológicos descritos acima (identificação, demarcação, registro fotográficos e análise no software) ele obtém para o cliente A um valor angular de 12,0° na escápula esquerda e 1,8° na escápula direita. Diante disso o personal trainer identifica que a escápula do lado direita está rodada medialmente (interna) e já a esquerda está rodada lateralmente (externa), ou seja, para fora. Dessa forma, o personal trainer defini que o seu cliente A apresenta uma assimetria rotatória das escápulas de 10,2°, ou seja, uma assimetria elevada.

Entretanto, o mesmo personal trainer avaliando agora o seu cliente B aplicando os mesmos procedimentos metodológicos utilizados no cliente A, obtém para a escápula esquerda um valor angular de 13,8° e para escápula direita um valor angular de 1,9°. Dessa forma, o personal trainer poderá definir através dos valores angulares emitidos pela biofotogrametria que a escapula esquerda do seu cliente B como no caso do Cliente A está rodada lateralmente, ou seja, com rotação externa. Já analisando a escápula direita do cliente B o personal trainer identifica o mesmo comportamento do cliente A também ou seja, a escápula está rodada medialmente (internamente). Diante disso o cliente B apresenta um assimetria rotatória das escápulas de 11,9°. Essa valor obtido no cliente B como no A pode-se ser considerado um assimetria elevada.

Por fim, o mesmo personal trainer também realizando os mesmos procedimentos metodológicos aplicado no cliente A e B, realiza a análise da assimetria rotatória das escápulas de um cliente C. Para o cliente C o personal trainer obtém na análise da escapula direita um valor angular de 4,3°, já para a escápula esquerda 5,3°. Diante desses valores pode-se notar que a assimetria é de apenas 1,0°, o que pode ser considerado um valor normal, ou seja, as escápulas do cliente C não apresentam uma assimetria rotatória.

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