Cinesiologia do movimento

Par Anatômico Antagônico na Abdução e Adução Glenoumeral/Ombro

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Qual o par anatômico antagônico que ocorre na abdução e adução glenoumeral?

Inicialmente é preciso relembrar que os movimentos de adução e abdução glenoumeral ocorrem no plano coronal e tem como eixo imaginário, ou seja que “cruza” o centro articular antero posterior ou póstero anterior.

No entanto, existem vários músculos que transitam a articulação glenoumeral. Entretanto, o músculo ou grupo muscular que produz o movimento de abdução glenoumeral, ou seja, que afasta o membro superior do tronco é o deltoide. Um ponto importante a salientar, é que para produzir esse movimento (abdução) todos os feixes (anterior, medial e posterior) tem capacidade, porém, em virtude do sentido das fibras a região medial é mais ativa.

Por outro lado, um dos músculos que produz a adução é o latíssimo do dorso. Um ponto importante a salientar é que as fibras costais ou inferiores do peitoral maior também tem capacidade para realizar esse movimento. Porém, o latíssimo do dorso é o principal adutor, pois todas suas regiões atuam.

Portanto, o deltoide e latíssimo do dorso formam um par anatômico antagônico na articulação glenoumeral.

Mas, por que esses músculos formam um par anatômico antagônico?

Para entender esse cenário é necessário compreender a relação do posicionamento anatômico do músculo em relação particularmente ao eixo de movimento. Assim, como o deltoide tem seus pontos de origem no terço lateral da clavícula (deltoide anterior), na margem lateral e superfície superior do acrômio da escapula (deltoide medial) e na linha inferior da borda posterior da espinha da escapula (deltoide posterior), e sua inserção na tuberosidade do deltoide, o seu ventre muscular passa acima do eixo antero posterior ou póstero anterior. Portanto, quando contrai tem a capacidade de realizar a abdução glenoumeral.

Por outro lado, como o latíssimo do dorso tem sua origem localizada no processo espinhoso de t7 a t12 e L1 a L5, no sacro, parte superior da crista ilíaca, fáscia toracolombar e terceira e quarta costelas e sua inserção no sulco intertubercular do úmero, todo o seu ventre muscular passa abaixo do eixo antero posterior. Assim, quando contrai tem a capacidade de realizar o movimento de adução glenoumeral.

Portanto, essas são as justificativas do porque o deltoide e latíssimo do dorso formam um par anatômico antagônico na articulação glenoumeral para o movimento de abdução e adução.

Em que exercícios de TRP podemos observar essa relação?

Para ilustrar essa relação podemos utilizar como exemplo a puxada na polia alta, onde se realiza na fase concêntrica uma adução do ombro, então o latíssimo do dorso irá contrair e o deltoide terá que relaxar para permitir o movimento, caracterizando um par anatômico antagônico.

Um outro exercício que tem o comportamento contrário ao citado acima, é o desenvolvimento ou elevação lateral que são executados para treinar deltoide. Assim, neste o deltoide irá contrair para produzir o movimento de abdução e o latíssimo do dorso irá relaxar para permitir o movimento.

Alunos, analisem a vídeo aula!!!

 

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Variações no Push- Up (apoio no solo) - Ativação do peitoral, deltoide e tríceps

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