O exercício de rosca direta na remada baixa não é muito executado nas salas de musculação. No entanto, este é um exercício que proporciona uma alta ativação muscular principalmente do bíceps braquial.

Por que a rosca direta na remada baixa proporciona uma alta ativação muscular do bíceps braquial?

Para entender esse fenômeno é necessário observar o posicionamento das articulações de membros superiores. Ou seja, para a execução do mesmo a articulação glenoumeral ou ombro esta é uma posição de flexão previamente ao início do exercício. Com isso, o bíceps braquial, principalmente a sua cabeça longa, que transita anteriormente por esta articulação já encontra-se com um certo grau de encurtamento. Também a posição do antebraço em supinação também já proporciona um grau de encurtamento do bíceps braquial, tendo em vista que o mesmo também é supinador do antebraço.

Diante disso, ao realizar a fase concêntrica (flexão do cotovelo) ocorre também um encurtamento do bíceps nesta articulação. Assim, o bíceps é exigido nessas três articulações, levando o mesmo a um alto grau de encurtamento, maior recrutamento, frequência e taxa de disparo de unidades motoras. Portanto, este cenário repercuti em maior sinal eletromiográfico.

Qual a aplicação prática desta informação?

Assim, se você estiver procurando selecionar um exercício ao qual se busque uma alta ativação muscular do bíceps braquial, a rosca direta na remada baixa pode ser uma opção interessante. No entanto, é necessário entender que esse exercício proporciona uma relevante ativação de deltoide anterior, pela posição do ombro em flexão. Além disso, ocorre também ativação do trapézio medial em virtude da tendência de abdução escapular, ativação do longuíssimo para evitar a tendência de flexão toracolombar.

Entretanto, pode ocorrer que em algumas academias não se tenha esse aparelho apresentado no vídeo. Diante disso, realiza-lo na polia organizando o material como se fosse executar uma remada baixa, também é totalmente passível de ser executado.