Treino em Foco Responde

Agachamento Isométrico / Cadeira chinesa – é mesmo eficiente?

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O exercício de cadeira chinesa do ponto de vista mecânico parece não produzir um trabalho tão eficiente para quadríceps, isquiotibiais e glúteo máximo.

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Como executar de forma correta o exercício de cadeira chinesa?

Inicialmente o aluno/cliente deverá realizar um agachamento até aproximadamente 90° de flexão dos joelhos de do quadril. Em seguida, deverá encostar toda a região da coluna vertebral em uma parede ou aparato que lhe de apoio. Ou seja, o aluno/cliente realizará o agachamento e “jogará “seu corpo contra a parede. Na sequência o profissional adicionará anilhas sobre a região anterior da coxa. Realizado esse posicionamento inicial, ele (aluno/cliente) deverá buscar ficar nesta posição descrito no tempo determinado pelo profissional de Educação Física. Diante disso, podemos entender que esse exercício solicitará uma contração isométrica do grupo muscular quadríceps para frear a tendência de movimento de flexão dos joelhos produzido pela ação gravitacional. Também dos isquiotibiais e glúteo máximo para evitar a tendência de flexão do quadril produzido também pela ação gravitacional.

Como o exercício de cadeira chinesa é realizado nas sessões de treino?

Muitos profissionais de Educação Física prescrevem o exercício de cadeira chinesa em combinação com um outro exercício, como se fosse o sistema de treino biset. Por exemplo, realiza-se uma série na cadeira extensora ou leg press, e imediatamente, sem intervalo, realiza-se o exercício de cadeira chinesa. Em seguida, ao final por exemplo de 30 a 45 segundos na cadeira chinesa aplica-se um intervalo de descanso. Entretanto, muitos profissionais orientam aos seus alunos/clientes a não realizarem intervalos ao final desse exercício. Isto é, indicam aos seus alunos/clientes que já voltem a executar a cadeia extensora ou leg press. Ainda ao realizar a cadeira chinesa muitos profissionais aplicam grandes quilagens sobre as coxas de seus alunos/clientes, pois os mesmos (aluno/clientes) mencionam que ao entrar na posição não sentem um trabalho tão forte sobre o grupo muscular do quadríceps.

Quando questionados muitos profissionais justificam a utilização do exercício de cadeira chinesa para produzir uma exaustão total principalmente do grupo muscular quadríceps. Ou seja, eles (profissionais de Educação Física) justificam que ao realizar uma série até a falha momentânea concêntrica por exemplo na cadeia extensora, o grupo muscular do quadríceps não foi totalmente exaurido. Diante disso, utilizam o exercício de cadeira chinesa para atingir esse objetivo.

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Mas o exercício de cadeira chinesa é mesmo tão eficiente quando esses profissionais comentam?

Uma primeira situação que o Treino em Foco a se observar é o ponto em que se está aplicando a resistência através das anilhas. Ao posicionar as anilhas sobre a região anterior da coxa, ou seja próximo a articulação do joelho estará sendo produzido cargas de cisalhamento e não cargas que vão efetivamente criar uma dificuldade para o trabalho do grupo muscular quadríceps. Isso ocorre porque a distância entre o ponto de aplicação da resistência e o eixo de movimento será pequeno, criando assim um pequeno ou quase nenhum braço de alavanca da resistência.

Um ponto importante a entender, é que na cadeia chinesa quando o aluno/cliente busca a estender o joelho, em virtude do pé estar fixo ao solo, ou seja, sem movimento dinâmico a pelve será impulsionada contra parede tendendo, assim projetando todo o corpo do aluno/cliente para contra a parede. Portanto, se o profissional de Educação Física começar a empilhar anilhas sobre e região anterior da coxa não produzirá uma sobrecarga eficiente para o trabalho.

Porém, existe uma variação para o posicionamento da resistência (anilhas) no exercício de cadeira chinesa. Ou seja, muitas vezes os profissionais solicitam para que o cliente venha a sustentar a anilha com as mãos, realizando uma flexão do cotovelo de 90°.

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Essa variação de posicionamento pode tornar o exercício de cadeira chinesa mais eficiente?

O Treino em Foco entende que ao realizar o posicionamento da resistência sendo segurada pelas mãos, irá ocorrer um aumento do peso corporal. Entretanto, será produzido uma solicitação muito maior dos flexores do cotovelos (bíceps braquial, braquial e braquiorradial) para sustentar a anilha, do que uma solicitação do grupo muscular quadríceps. Como muitas vezes a resistência utilizada são significativas, provavelmente o aluno/cliente sofrerá uma fadiga antes dos flexores do cotovelos do que do grupo muscular quadríceps.

Diante do apresentado acima, o Treino em Foco entende que essa variação do exercício de cadeira chinesa não é tão eficiente para o grupo muscular quadríceps e isquiotibiais e glúteo máximo.

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Qual a orientação que o Treino em Foco pode dar caso o objetivo seja executar um biset realizando um agachamento em isometria?

Caso o objetivo do profissional de Educação Física seja realizar um trabalho em biset, por exemplo visando o desenvolvimento de hipertrofia muscular ou até mesmo de resistência muscular localizada e que queira realizar um exercício em isométrica em combinação com um exercício dinâmico, a cadeira chinesa não parece ser a melhor estratégia, em virtude dos pontos citados acima.

Diante disso, a melhor estratégia para produzir um trabalho isométrico mais intenso sobre o grupo muscular quadríceps, isquiotibiais e também glúteo máximo seria realizar o exercício de agachamento isométrico sem apoiar-se na parede. Pois ao realizar o agachamento isométrico sem encostar na parede, o esforço do quadríceps será para elevar o corpo e não para impulsionar o corpo contra a parede como ocorre na cadeira chinesa, onde o esforço será de impulsionar a pelve e consequentemente o tronco contra a parede reduzindo o esforço muscular.

Seguidores, não percam a vídeo aula de hoje e verifiquem a análise do exercício de cadeira chinesa.

 

 

 

 

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