Treino em FOCO Anatomia

Musculatura Posterior da coxa – Isquiotibiais

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Quais são os músculos que compõem o grupo dos isquiotibiais?

O grupo muscular isquiotibiais está localizada na parte posterior do seguimento coxa. Os músculo que compõem são bíceps femoral cabeça curta e longa, semimenbranáceo e semitendinoso.

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Figura 1 – Isquiotibiais

Quais os pontos de origem e inserção dos músculos que compõem o grupo dos isquiotibiais?

Bíceps femoral cabeça longa e curta: a origem da cabeça longa está localizada na túber isquiático, já da cabeça curta localizada no lábio lateral a linha áspera. Por sua vez, a inserção desses dois músculos está na cabeça da fíbula.

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Figura 2 – Origem e inserção.

O bíceps femoral é o músculo mais lateral dos que compõem os isquiotibiais. Ocupa posição superficial no compartimento posterior da coxa, exceto próximo a sua origem no túber isquiático em que se apresenta coberto pelo glúteo máximo. Além de produzir o movimento de flexão do joelho, extensão do quadril o bíceps femoral também produz o movimento de rotação lateral.

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No entanto, esse movimento só é possível se o joelho estiver flexionado. Ao estender totalmente os joelhos trava a articulação tibiofemoral e impede esta rotação. A rotação do joelho flexionado é útil quando se sustenta peso para mudar a direção do movimento na parte inferior do corpo. Esse movimento, comumente conhecido como giro de pivô é fundamental em esporte como tênis, futebol, futebol americano e basquete.

 

Semimenbranáceo: sua origem está localizada na túber isquiático e sua inserção junto a porção posteromedial do côndilo medial da tíbia. Este é o músculo mais medial dos isquiotibiais, situado entre o adutor magno e o semitendinoso.

 

Semitendinoso: origem está localizada também no túber isquiático e sua inserção está na face medial do corpo da tíbia pelo tendão da pata de ganso. Este músculo delgado é medial ao bíceps femoral e superficial ao semimenbranáceo. Assim, ocupa a posição superficial no compartimento posterior da coxa, exceto próximo a sua origem no túber isquiático em que se apresenta coberto pelo glúteo máximo. O semitendinoso e semimbranaceo atuam em na rotação medial do joelho, movimento que é possível com o joelho ligeiramente flexionado.

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Alguns pontos comuns ocorrem em todos os músculos que compõem os isquiotibiais. Bíceps femoral cabeça longa, semimbranáceo e semitendinoso cruza posterior tanto articulação do quadril e joelho. Desta forma, produzem dois movimento. Atuam em sinergismo com o glúteo máximo (principal extensor do quadril) para produzir a este extensão do quadril. Ou seja, quando o indivíduo está de pé e realiza o movimento de flexão do quadril, para que o membro inferior volte a posição inicial, os isquiotibiais também serão acionados em contração concêntrico com o glúteo máximo. Nesta mesma ideia, quando o indivíduo realiza o movimento de flexão do quadril, para voltar o corpo para posição inicial, eles (isquiotibiais + glúteo máximo) serão acionados em contração concêntrica para estender o quadril, em cadeia cinética fechada. Ainda os isquiotibiais em conjunto com o reto abdominal e glúteo máximo também produzem o movimento de retroversão pélvica.

Como treinar os isquiotibiais no treinamento resistido com pesos?

Para treinar os músculos isquiotibiais é necessário realizar os exercícios que produzem resistência contra o movimento de flexão de joelho. Para isso, existem inúmeras variações. No entanto, as mais aplicadas são a mesa e cadeira flexora. Nestes exercícios ocorrerá o acionamento de todos os músculos que compõem os isquiotibiais e ainda os gastrocnêmicos medial e lateral que também realizam o movimento de flexão do joelho.

Durante a execução da mesa flexora é necessário cuidar alguns pontos. Alguns alunos/clientes durante o final da fase concêntrica (flexão dos joelhos), poderá ocorrer o movimento de anteversão pélvica, gerando assim, uma hiperlordose lombar. Isto pode estar ocorrendo em virtude de uma insuficiência passiva do músculos reto femoral. Caso o mesa flexora tenha pouco inclinação, ocorrerá um significativo alongamento do reto femoral no quadril. Assim, quando o aluno/cliente flexionar bem o joelhos no final da fase concêntrica, ocorrerá um alongamento ainda maior deste músculo. Dessa forma, ele (reto femoral) poderá atingir a sua extensibilidade máxima, produzindo assim uma anteversão pélvica.

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Ao atingir essa insuficiência passiva, o reto femoral puxa a espinha ilíaca anteroinferior no sentido da tuberosidade da tíbia, o que fará com que a pelve realize o movimento de anteversão, seguida por uma hiperextensão da coluna vertebral lombar. Com isso, o grupo iliopsoas e os paravertebrais contraem-se para aumentar as posições respectivas de flexão do quadril e hiperextensão da coluna vertebral lombar, assim aumento a anteversão pélvica. Isso ocorrerá, com a intenção de distancias a posição posteroinferior da pelve (origem dos isquiotibiais) das porções posteromeridias e posterolaterais da tíbia, local da inserção dos mesmos. Isto ocorre para que os isquiotibiais fiquem com sua origem mais fixa e alongada e possam tornar-se mais eficiente como flexores do joelho, assim melhorando a relação força-comprimento.

A realização de alongamentos para o músculo reto femoral podem ajudar a diminuir a insuficiência passiva deste músculo no final da fase concêntrica do movimento (flexão dos joelhos) e devem, principalmente ser enfatizados em alunos iniciantes.

Outro ponto interessante é que caso os músculo eretores da espinha estiverem fracos, a pelve realiza uma retroversão no começo de cada fase excêntrica do exercícios. Assim, o fortalecimento prévio destes músculos favorece a correta postura da pelve no movimento.

Um ponto interessante a salientar é que os exercícios de flexão do joelho são mais efetivos no desenvolvimento da porção distal dos isquiotibiais, especialmente a porção curta do bíceps femoral (que não cruza a articulação do quadril), por dois motivos: 1) quando a intensidade do exercícios aumenta, a flexão do quadril também aumentará, para melhorar a força-comprimento pelo aumento do comprimento da extremidade proximal dos isquiotibiais.; 2) a extremidade proximal dos isquiotibiais é mais responsável pela extensão da articulação do quadril.

Outra variação que pode ser realizado é o exercício na cadeira flexora. Neste o maior braço de alavanca ocorrerá aos 90° de flexão dos joelhos. A principal diferença entre o exercício de mesa e cadeira é o grau de flexão do quadril. Esta posição favorece a melhora da relação força comprimento e a diminuição da insuficiência ativa dos isquiotibiais na final da flexão dos joelhos, por estes estarem mais alongados do que na mesa flexora.

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No entanto, caso o aluno/cliente não apresentar uma boa extensibilidade dos isquiotibiais, a pelve poderá realizar uma retroversão por causa da insuficiência passiva deste muscular no final da fase excêntrica (por estarem alongados no quadril e no joelho). Ou ainda isso poderá ocorrer em virtude de uma falta de força dos eretores da espinha.

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  1. Boa tarde, primeiro gostaria de parabenizá-lo pelo vídeo,segundo gostaria de saber qual programa vc está usando pois o que uso para estudar anatomia não tem tantos recursos. Desde já agradeço.

  2. Podologia Anhembi Morumbi IA3, grande abraço!

  3. Parabéns pelos videos. ajudou muito, não para não!!!

  4. Oi, gostaria de saber se esses videos tem uma ordem a ser seguida? Obrigada.

  5. ola treino em foco sempre acompanho a serie anatomia parabéns
    gostaria de saber se vcs vão fazer a serie anatomia dos deltoides estou na expectativa obrigado .