Eletromiografia

Foco interno x Foco externo – Qual produz maior ativação na eletromiografia?

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O foco interno ou conexão mente-músculo produz maior ativação muscular.

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Por que o foco interno produz maior atividade na eletromiografia, ou seja, ativação muscular maior?

Na literatura cientifica é possível identificar alguns estudos que tenham comparado o grau de ativação muscular produzido ao realizar o foco interno vs externo (no nosso grupo de estudos na escola Treino em FOCO é possível encontrar esses estudos). Testando vários exercícios como supino reto, puxador, rosca direta, cadeira extensora entre outros, observou-se na maioria deles que ao realizar o foco interno, ou seja, “esmagar o músculos” e assim executando a conexão mente-músculo uma atividade eletromiográfica maior ocorreu no músculo motor primário. Portanto, como mostrado no vídeo e em vários estudos a realização do foco interno produz maior ativação muscular do músculo alvo, para uma mesma quilagem.

Segundo Wolf et al., (2013), a principal justificativa é que ao realizar o foco interno (conexão mente-músculo) se produz uma menor eficiência motora. Ou seja, se parece produzir uma menor ativação dos músculos sinergista que iriam auxiliar em um determinado movimento. Diante disso, como o sistema nervoso central passa a ser menos eficiente, ocorrerá a necessidade de um recrutamento maior de unidades motoras do músculos motor primário para que vença a quilagem, isto é a resistência. Por exemplo, analisando o supino reto, ao foco no peitoral maior, a ação do tríceps que é um sinergista no momento deste exercício não terá um grande participação. Assim, o peitoral maior passará a ser mais exigido para vencer a resistência.

Então, para o aluno/cliente que visa hipertrofia muscular é interessante orienta-lo a realizar o foco interno?

A ciência tem demonstrado que sim. Em um estudo bem interessante de Schoenfeld e colaboradores (Schoenfeld et al., 2018) os pesquisadores submeteram voluntário treinados a realizar 10 semanas de treinamento resistido com pesos na rosca direta e cadeira extensora, onde um grupo realizou o foco interno e o outro o externo. Ao final da intervenção se observou maior ganhos de hipertrofia dos flexores do cotovelo para o foco interno. No entanto, para os ganhos de força muscular o foco externo apresentou vantagem. Diante disso, o fator que parece ter levado a essa vantagem nos ganhos hipertróficos para o foco interno foi o maior estresse de forma crônicas gerado de uma forma mais significativa sobre o músculo motor primário. Portanto, para alunos/clientes que têm como objetivo maximizar ajustes hipertróficos seria interessante orientá-los a realizar o foco interno, pois parece produzir maior estresse sobre musculatura alvo.

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E para um aluno/ciente que busca maximizar ganhos de força muscular?

Por outro lado, para um aluno/cliente que busca maximizar os ganhos de força muscular seria interessante orienta-lo a realizar o foco externo. Pois com essa estratégia alguns estudos demonstraram que é possível mobilizar maior quilagem. E como para maximizar ganhos de força é necessário mobilizar maior quilagem, essa estratégia passa a ser muito interessante.

Em que momento do treinamento seria interessante introduzir o foco interno?

Entendemos que caso esteja trabalhando com um aluno/cliente que têm esse desejo de maximizar ajustes hipertróficos o personal trainer poderia aplicar a técnica do foco interno desde o início do treinamento. Além de já começar no início a educar a capacidade de treino do aluno/cliente, essa forma de foco poderá auxiliar na execução técnica e também na capacidade de concentração do mesmo na sessão de treino.

Alunos, analisem a vídeo aula.

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