Fisiologia da Corrida

Condromalácia patelar e o fator sobrecarga

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Realizar sessões de treinamento aeróbio (caminhada) com colete de peso em indivíduos portadores de condromalácia patelar que encontram-se em fase de reabilitação (fisioterapia), não é uma estratégia interessante.

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Muitos indivíduos que ingressam na pratica sistemática de treinamentos, principalmente aeróbios (caminhadas e corridas excessivas), poderão apresentar em algum momento dor na região anterior da articulação dos joelhos. Sendo essa uma condição muito comum. Uma das responsáveis por essas dores patelofemorais pode ser a condromalácia patelar. Indivíduos que possuem essa patologia normalmente reclamam de dor retropatelar durante atividades como correr, agachar, subir e descer degraus, e ainda andar de bicicleta ou saltar.

Alguns personais trainers poderão receber um cliente que apresente condromalácia patelar e que estão realizando sessões de fisioterapia para reabilitação e que estejam proibidos pelo ortopedista de realizar corridas. Porém, muitas vezes esses indivíduos poderão desejar melhorar principalmente a sua aptidão cardiorrespiratória.  Com isso, o personal trainer poderá levantar a hipótese de utilizar um colete peso durante as caminhadas desse indivíduo visando aumentar a sobrecarga fisiológicas aguda cardiorrespiratória, visando produzir adaptações crômicas e com isso melhorar a aptidão cardiorrespiratória desse indivíduo.

Todavia, o Treino em Foco entende como inviável a utilização de um colete de peso durante sessões de treinamento aeróbio em um indivíduo portador de condromalácia patelar durante o período em que o mesmo esteja realizando sessões de fisioterapia, visando produzir uma reabilitação do seu joelho. Pois a utilização desse colete de peso, poderá causar uma sobrecarga excessiva sobre a articulação do joelho, o que por sua vez, poderá potencializar o grau da condromalácia patelar.

O que é condromalácia patelar?

Antigamente a condromalácia patelar, era o diagnóstica dado a maioria os pacientes que apresentavam quadro de dor na região anterior da articulação do joelho. Entretanto, o termo caiu em desuso e somente deve ser associado para descrever um especifico amolecimento patológico da cartilagem articular e não como um simples diagnóstico clínico. A literatura especializada apresenta que a superfície articular da patela e a superfície articular dos côndilos femurais poderão ser afetadas por alterações degenerativas da cartilagem articular por um longo período de tempo.

Diante disso, uma das patologias degenerativas que mais afeta as articulações dos joelhos da população é a condromalácia patelar ou “joelho de corredor”. Essa patologia (condromalácia patelar) é caracterizada pela presença de dor, edema e crepitação retropatelar, que também é descrita pelos portadores como uma desconfortável sensação rangedora. Os portadores de condromalácia patelar também experimentam um aumento da sensibilidade local, que muitas vezes pode estar associada ao desequilíbrio funcional da musculatura do quadríceps femoral, especialmente uma atrofia do músculos vasto medial e atrelado a isso, um encurtamento do trato iliotibial.

A literatura científica apresenta que muitas vezes o surgimento do quadro clínico de condromalácia patelar está intimamente relacionado aos traumas esportivos, e ao excesso de atividades físicas, como a sobrecarga de peso ou corridas excessivas. A condromalácia patelar é produzida em virtude da ação compressiva anormal sobre a cartilagem articular. Muitas vezes essa compressão anormal é derivada da não congruência e da redução da área de contato da articulação patelofemural, quando uma subluxação ou deslocamento patelar for causado por um relacionamento anatômico ou biomecânico anormal. Estudos apresentam ainda que a condromalácia patelar poderá ser causada por radiculopatia lombar e pinçamentos de nervos periféricos.

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Um indivíduo diagnosticado como portador de condromalácia patelar que foi proibido pelo médico de praticar corridas, poderá realizar caminhadas utilizando um colete de peso para aumentar a sobrecarga cardiorrespiratório e o gasto energético?

Vamos imaginar que um personal trainer esteja trabalhando com um cliente que foi diagnosticado por um médico ortopedista como portador de condromalácia patelar. Após realizar os exames o médico orientou esse cliente a não realizar corridas e, iniciar sessões de fisioterapia visando sua recuperação. Entretanto, esse indivíduo procura o seu personal trainer e o informa que quer continuar suas sessões de treinamento aeróbio. Diante disso, para tentar produzir uma sobrecarga interessante no trabalho aeróbio o personal trainer levanta a hipótese de utilizar durante as sessões aeróbias um colete de peso, visando aumentar a sobrecarga cardiorrespiratória, muscular e consequentemente produzindo um maior gasto energético nesse indivíduo portador de condromalácia patelar. A principal ideia de utilizar o colete de peso seria para tentar continuar produzindo as adaptações fisiológicas crônicas no sistema cardiorrespiratório.

O Treino em Foco entende que para identificar se é possível um indivíduo portador de condromalácia patelar utilizar um colete de peso para aumentar a sobrecarga fisiológica aguda durante uma sessão de treinamento aeróbio, o personal trainer primeiramente em conjunto com o médico ortopedista e fisioterapeuta responsável pelo trabalho com esse indivíduo avaliar o grau de intensidade da condromalácia patelar, o grau de fortalecimento da musculatura de quadríceps desse indivíduo e postura dinâmica da articulação do joelho durante a caminhada. Realizando toda essa análise será possível identificar qual a intensidade da sobrecarga que poderá ser aplicada nesse individuo durante a sessão de treino aeróbio.

Por outro lado, como o indivíduo do nosso exemplo está realizando um trabalho de reabilitação e fortalecimento com sessões de fisioterapia o Treino em Foco sugere não realizar nesse período de recuperação um trabalho aeróbio de caminhada utilizando um colete de peso, visando aumentar a sobrecarga fisiológica aguda.

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Por que o Treino em Foco não acha interessante realizar treinamento aeróbio (caminhada) em um indivíduo com condromalácia patelar utilizando uma colete de peso durante o período de realização de sessões de fisioterapia?

Ao utilizar o colete de peso para realizar as sessões de treinamento aeróbio (caminhada) estará produzindo-se além de um aumento na sobrecarga fisiológica aguda cardiorrespiratória, também um aumento de sobrecarga muscular e articular.  Como o indivíduo do nosso exemplo está realizando sessões de reabilitação e fortalecimento na fisioterapia esse aumento particularmente da sobrecarga muscular e articular poderá aumentar o grau da condromalácia patelar desse indivíduo. Com isso, obviamente atrapalhando o processo de reabilitação da articulação do joelho desse indivíduo.

Diante do apresentado o Treino em foco entende que caso você seja um personal trainer tenha um cliente que foi diagnosticado com condromalácia patelar e esteja em período de reabilitação na fisioterapia, você deverá dosar de forma minuciosa a dose de esforço das cargas de treinamento principalmente aeróbias. E orientá-lo a focar no trabalho de fisioterapia visando a reabilitação da articulação do joelho.

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Seguidores, não percam a vídeo aula de hoje e analisem as orientações do professor João Moura sobre a utilização de um colete de peso em sessões de treinamento aeróbio de indivíduos portadores de condromalácia patelar.

Qual a qualificação do seu personal trainer?
Quais as patologias na coluna vertebral que o professor João possui?

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