Análise muscular dos exercícios

Abdominal lateral na polia – Quais os músculos acionados?

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No abdominal para oblíquos na polia alta ocorrerá o acionamento dinâmico dos músculos oblíquos interno, externo, reto abdominal do lado da flexão, iliocostal, longuíssimo, quadrado lombar e intertransversários. Porém, caso o indivíduo não execute uma técnica correta, os músculos deltoide medial, supraespinhal, latíssimo do dorso, peitoral fibras esternocostais e peitoral menor serão acionados de forma estática/isométrica.

Como executar de forma correta o exercício de abdominal para oblíquos na polia alta?

Inicialmente o indivíduo deverá posicionar a polia do aparelho cross over no parte mais alta e acoplar um implemento para realizar a pegada unilateral. Em seguida, o indivíduo deverá realizar a “pegada “no implemento e deslocar seu corpo lateralmente, afastando da polia da cross over. Em média o deslocamento deverá ser de dois ou três passos lateralmente. Na sequência o indivíduo deverá posicionar os membros inferiores com um afastamento lateralmente um pouco maior do que a largura dos quadris. Um ponto importante a destacar, é que o joelho do membro inferior que está do lado contrário ao da polia, deverá estar com uma moderada flexão do joelho. Essa flexão auxiliará o indivíduo para manter a estabilidade corporal. Por fim, o indivíduo deverá manter as curvaturas naturais e fisiológicas da coluna vertebral preservadas.

Após a realização desse posicionamento inicial o indivíduo estará apto para iniciar o exercício. Dessa forma, durante a fase concêntrica ele (individuo) deverá realizar uma inclinação toracolombar da coluna vertebral ou flexão lateral da coluna vertebral, com isso vencendo a resistência. Já durante a fase excêntrica o indivíduo deverá realizar o movimento de extensão lateral da coluna toracolombar. Durante a fase excêntrica o indivíduo poderá realizar a extensão até o ponto onde a coluna volte a ficar verticalizada ou passar um pouco do ponto de verticalização. Um ponto importante a salientar é que durante a execução o indivíduo deverá evitar movimentação da pelve ou de membros inferiores.

A seguir no texto será descrito aspectos sobre o comportamento da resistência durante o abdominal para oblíquos na polia alta. Esse conhecimento de direção e sentido da resistência é importante para que você possa entender quais as articulações e músculos envolvidos de forma dinâmica e estática/isométrica nesse exercício.

No abdominal para oblíquos na polia alta, em qual direção e sentido encontra-se a resistência?

Como a análise dos músculos e articulações envolvidos de forma dinâmica e estática/isométrica é em relação a resistência, o conhecimento dessa fator é importante. Portanto, como pode ser visualizado nesse exercício a resistência se dá pelas placas de peso do aparelho de cross over. Dessa forma, a resistência encontra-se na direção vertical e no sentido de cima para baixo. Entretanto, como esse aparelho possui o sistemas de cabo e polias/roldanas essa resistência que tem as características descritas acima será alterada. Ou seja, o cabo e as polias irão alterar a direção e o sentido da resistência produzida pelas placas de peso. Dessa forma, no exercício abdominal para oblíquos na polia alta a resistência irá se encontrar na direção obliqua e no sentido de baixo para cima.

Agora a seguir no texto será descrito quais as articulações e músculos envolvidos de forma dinâmica e estática/isométrica durante a execução do abdominal para oblíquos na polia alta.

Quais as articulações e músculos envolvidos de forma dinâmica durante o abdominal para oblíquos na polia alta?

Como descrito anteriormente no texto o indivíduo deverá executar na fase concêntrica o movimento de inclinação ou flexão lateral da região toracolombar da coluna vertebral e durante a fase excêntrica o movimento de extensão toracolombar. Diante disso, podemos entender que as articulações dinamicamente envolvidas durante esse exercício são as da coluna toracolombar. Ou seja, um corpo vertebral superior e um inferior irão se movimento em flexão sobre o disco intervertebral entre eles, com isso formando uma articulação. Dessa forma, podemos entender que existem várias articulações da coluna vertebral sendo acionadas de forma dinâmica nesse exercício.

Portanto, como o movimento realizado na fase concêntrica do exercício é uma inclinação ou flexão lateral da coluna vertebral serão acionados os músculos, oblíquos externo e interno, reto abdominal do lado da flexão, iliocostal, longuíssimo, quadrado lombar e os intertransversários. Esses músculos são acionados em virtude de seus pontos de origem e inserção. Um ponto importante a salientar, é que esses músculos serão acionados do lado em que está sendo realizado a inclinação ou flexão lateral da coluna vertebral.

Já durante a fase excêntrica do movimento onde o indivíduo deixara-se ser vencido pela resistência, esses mesmos músculos descritos acima serão acionados, porém, agora para realizar o freio excêntrico.

Quais as articulações e músculos acionados de forma estática/isométrica durante o abdominal para oblíquos na polia alta?

Como foi descrito anteriormente no texto a resistência encontra-se na direção obliqua e no sentido de baixo para cima. Dessa forma, ela (resistência) tem a capacidade de produzir alguns movimentos em outras articulações. Entretanto, esses movimentos ficarão apenas em tendência, porque músculos serão acionados de forma estática/isométrica para evitar que esses movimentos ocorram.

Uma tendência de movimento que a resistência produzir sobre o corpo do indivíduo é realizar um movimento de adução do quadril. Ou seja, como o indivíduo encontra-se com o membro contrário ao lado da polia em flexão do joelho e realiza o afastamento lateral dos pés ele (indivíduo) estará em uma posição de abdução do quadril do membro inferior que está do mesmo lado da polia. Porém, como a resistência tem a característica descrita anteriormente, a tendência dela (resistência) será de deslocar o corpo do indivíduo em direção ao aparelho e com isso produzir o movimento de adução do quadril. Entretanto, para evitar que esse movimento ocorra, é necessário que a flexão do joelho do membro que está do lado contrário a polia seja eficiente. Dessa forma, caso o indivíduo não esteja com um afastamento adequado dos membros inferiores será necessário um forte acionados da musculatura abdutora do quadril, ou seja, glúteo médio, mínimo, máximo (fibras superiores), tensor da fáscia lata e piriforme. Porém, caso o indivíduo esteja com uma base de estabilidade adequado, esses músculos citados acima não serão acionados ou poucos acionados.

Continuando na análise das tendências de movimentos, caso o indivíduo não mantenha um alinhamento correto dos membros superiores na mesma altura do cabo, e desloque o membro superior que está em contado com o cabo para cima produzindo uma abdução glenoumeral ou do ombro. Diante disso, para que o indivíduo consiga manter essa posição inadequada seria necessário realizar um acionamento estático/isométrico dos músculos deltoide principalmente as fibras medias, supraespinhal para manter a posição abduzida para evitar o movimento que o cabo tende a produzir que é de alinhar o membro superior com o cabo. Porém, como o indivíduo mantem o membro superior na linha do cabo esses músculos citados acima não serão acionados.

Por fim, a última tendência de movimento ocorreria se caso o indivíduo realizasse o movimento estático de adução glenoumeral ou do ombro e a mantivesse durante a execução do exercício. Pois como descrito acima, o cabo tende a deixar o membro superior alinhado, entretanto se o indivíduo produzir esse posicionamento equivocado, de adução glenoumeral, ocorrerá acionamento de forma estática/isométrica dos músculos latíssimo do dorso, peitoral menor, peitoral fibras esternocostais. Todavia, como o indivíduo mantem o membro superior alinhado, esses músculos descritos acima não serão acionados.

Quais as fibras dos oblíquos interno e externo que são mais acionadas durante o abdominal para oblíquos na polia alta?

 Como os músculo oblíquo externo apresenta sua origem na face externa da quinta a 12º costelas e sua inserção na região anterior da crista ilíaca, tubérculo do púbis e bainha do músculos reto abdominal, ele apresenta suas fibras mais laterais verticalizadas e as fibras mais anteriores obliquas. O oblíquo interno que tem sua origem na aponeurose toracolombar, crista ilíaca, e parte lateral do ligamento inguinal e sua inserção na face interna da quinta a 12º costelas e bainha do músculos reto abdominal, também possui sua fibras mais laterais verticalizadas e suas fibras mais anteriores obliquais.

Diante dessa característica de direção das fibras, podemos raciocinar que como o indivíduo executará o movimento de inclinação ou flexão lateral da coluna vertebral as fibras mais laterais, que tem sua direção vertical serão mais acionadas do que as fibras mais anteriormente. Isso ocorrerá porque como sabemos, quando um músculo contrai ele aproximará ambas as extremidades do centro do ventre muscular e como o movimento produzido é de inclinação lateral da coluna possivelmente as fibras mais laterais serão acionadas mais intensamente. Dessa forma, caso objetivo do indivíduo seja produzir um trabalho sobre as fibras mais laterais dos oblíquos o exercício é coerente. Entretanto, se o objetivo seja atingir as fibras mais anteriores dos oblíquos é interessante que o indivíduo venha a executar exercício com rotação do tronco.

Seguidores, não percam a vídeo aula de hoje e identifiquem a análise das articulações e músculos dinamicamente e isométricamente envolvidos no abdominal para oblíquos na polia alta.

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